Sou Lígia, como as flores das margens do mediterrâneo, e Miguel por nada de especial, só porque sim.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Sabem o que me chateia?

É que ele pura e simplesmente ele é daqueles que "caga nisso".
Disse-lhe tudo! mas tudo o que sentia, disse-lhe com todas as letras o que está prestes a acontecer, e Deus sabe o que me custou falar com ele, dizer-lhe aquilo e até o que me custa por a hipotese de deitar fora 7 anos da minha vida e expor os meus filhos à possivel ausência do pai, e ele, naquela postura de "caga nisso"! Não é capaz de dizer qualquer coisa.
Eu costumo dizer que as nossas discussões são a prestações... eu dou o mote "Não gosto disto ou daquilo", ele ouve, fica a moer, e responde-me no dia seguinte! e eu dou-lhe logo a resposta, não lhe quero atrapalhar o raciocinio, " Sim mas..." ele, mais uma vez, fica a pensar e no dia seguinte Pimba! responde! Tão a ver né? a tortura....
E agora... quando a situação pede "tomates" pede reflexos rápidos, ele pura e simplesmente faz voto de silêncio. Também não sei o que diria se ele me dissesse o que eu lhe disse, mas qualquer coisa me havia de ocorrer, quanto mais não fosse um "Como é que vamos fazer". Ele Só vai perceber o que se está a passar quando lhe cair em cima, é triste mas é assim.
Mas porquê? porque é que há pessoas que só à porrada?

14 comentários:

keridalindinha disse...

Olá Lígia, tens que pensar muito bem nos prós e contras, em ti, nas crianças e no pai. Só tu é que sabes o que é melhor para vocês, não faças nada de animo leve nem de cabeça quente, pois pode ter consequências irreversiveis. Precisas sentir-te bem e já tinha lido em post's anteriores que precisavas sentir-te mulher e realizada, ou qualquer coisa do género! Força, força, para a frente é que é caminho.
Beijinhos grandes.

Anónimo disse...

Então? Meias-Conversas? Mas o que é que lhe disseste? É segredo?

Miudaaa disse...

As palavras que eu nunca te direi... é o que pode acontecer a ELE... começa por pedir-lhe com calma, mas calma olimpíca... que ele te oiça. diz-lhe o que nos disseste a nós, a forma como tu sentes que a(s) conversa(s) acontecem entre vocês os dois. monólogo... monólogo total...diz-lhe que hoje querias dialogar com ele, falar... ser ouvida, ouvi-lo falar... e que hoje é "O" dia.
Beijinhos da miudaaa.

Lígia disse...

KL:
oba oba! é dificil

Não sou malher de meias-conversas :)- Lê 3 posts atrás Anónimo.

Miuda
Calma olimpica. Hummmm, gostos da imagem

LoiS disse...

Miúda olha, já estás nesse ponto! Agora o avanço é mesmo o sair de casa.
Mais nada !

bjs

Anónimo disse...

Olá Lígia,permite que comente o teu post! Há realmente pessoas que só à "porrada",e só entendem quando o mundo lhes cai em cima! Eu FUI uma dessas pessoas!!! Mas precisamente porque a minha ex demourou tempo demais a ter "tomates"( e eu não queria ter) e a dar "porrada", e eu ia percebendo bem o que se estava a passar entre nós, e também optei pelo silêncio (infelizmente)e sempre pensei "isto passa".A merda é que quando o mundo me caiu em cima já era tarde para me levantar.Felizmente depois vi que realmente já não existia nada para recuperar, por isso se AMAS "rebenta" já com tudo pode ser que vás a tempo!! Desculpa a opinião. Fica bem.
Rui

Lígia disse...

LOIS:

Claro que sim, mas eu sair implica mais duas pessoas irem também, e não gosto de rebentar com o mundo de uma pessoa sem que ela se aperceba do que lhe vai acontecer. É fácil para mim agarrar nos miudos e ir embora, o dificil é ser civilizado.

b.:

vamos ver, vou dar-lhe mais hoje e amanhã confronto-o de novo

Rui:

Bem vindo, claro que podes comentar o post e todos aqueles que quiseres neste modesto estaminé.
Quanto ao comment... pelos vistos é genético! :) Ainda bem que me compreendes

Sofia disse...

Oi Ligia,
Gostava de poder dizer alguma coisa a esse respeito, mas só penso em "tenha calma!". Mas até que ponto "ter calma" resolve a situação?!?!?
Por isso, o que eu te digo é: não se amargure com situações não resolvidas.
Abraços,

Lígia disse...

a calma nao resolve e a percipitação tb não. A solução está algures no meio...

Sapito disse...

Por vezes parece que temos que lhes arrancar as coisas a ferros! Quase dão a ideia de que trabalham a meio gás! Mas mesmo assim, a solução é conversar, por muito complicado que seja. (acho eu, é claro)

Anónimo disse...

Lígia:
1. queres sair de casa?
2. estás disposta a suportar uma separação? (atenção, esta é uma tricky question, porque se por um lado, a sensação de libertação que sentimos porque terminámos com algo que nos sufocava, por outro, há um lado sombrio, aquele lado que, não obstante tudo o que te punha de cabelos em pé com o gajo, havia algumas coisas que vais perder mesmo. terminantemente! e outras que vais "ganhar" e não vais gostar... it comes with the terrotory...)
3. estás disposta a "dividir" as crianças?
4. tens uma boa rede familiar para te apoiar?
5. ficas onde? ...
podia continuar por mais umas quantas. É uma reflexão demorada, cautelosa, pragmatica, e doída. muito doída.
Depois de responder a estas e muitas outras questões que só tu podes saber, e feito o balanço de semelhante análise, só aí é que vais poder saber se vale a pena sentá-lo, falar-lhe como se ele tivesse 6 anos e explicares-lhe o que vais fazer, o que vai acontecer e pedir-lhe a sua opinião, para que, os dois, vejam se ainda há remédio.

Desculpa o post tão grande, e a rectórica. Podes perfeitamente mandar-me dar uma voltinha, mas, como escrevi noutro dia, depois da decisão tomada e comunicada, não há volta a dar...

Um beijo. ´
Que tomes a decisão em consciencia, é o que te desejo.

DIV de divertida disse...

Concordo imenso com Sol.
Sem sofrer por antecipação, devemos antecipar todos os possíveis cenários para não sermos TÃO apanhadas de surpresa.
O gajo que morava cá em casa tb era assim (um segredo: acho que são todos). Se me é permitido: coloca-lhe o que sentes e deixa-o falar. dá-lhe espaço. faz silêncios prolongados para ele perceber que tem de dizer qq coisa. afinal nem sabes o q ele sente e o que quer.
Confesso que estar no ponto onde estás dá uma enorme ambivalência entre o que não se quer perder e o que estamos ansiosamente a antecipar viver, com uma alegria e euforia tipo os putos qd vão a uma festa.
(estás a fazer-me reviver tudo de novo a cada post que colocas... a questão é que sou meia amalucada e qd me passo decido e acabou, embora a posteriori não considere esta a melhor forma de resolver os imbróglios.
beijocas mtas
adorava ajudar-te mais mas sinto-me impotente...

Lígia disse...

fodido fodido é quando se quer "discutir" e simplesmente não há resposta do outro lado. há quem pense que é fixe ter alguém que nos faça as vontades todas... isso é muito bonito é quando se tem 5 anos, depois disso o que queremos é alguém que nos dê pica e desafie de vez em qunado

Unknown disse...

Pois é minha querida! Eu vivo o mesmo problema e cada vez mais penso seriamente em sair de casa. O meu problema é que esta questão só vem à tona em discussão e no dia seguinte, está tudo bem, não aconteceu nada! Mas aconteceu! E eu cada vez menos consigo viver assim. O problema? O meu filhote... não vai ser fácil fazer entender uma criança de 2 anos porque é que o pai não está em casa, pois não? Por outro lado, quanto mais tarde mais dificil. Apoio-te a 100%. Não há pior que sentir que estamos mal em nossa casa, que não temos apoio e que afinal, mesmo com outro ao lado estamos sós!